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Itaú

Na visão de Schwartz, Brasil enfrenta bons problemas e desafios que vão além da economia

18/11/2014

Desmistificar foi o objetivo da fala do professor livre-docente da Universidade de São Paulo, Gilson Schwartz, que encerrou as apresentações da 1ère Journée de Communication d'Entreprise Brésilienne, iniciada na manhã deste dia 18 de novembro de 2014 na ESCP Europe Business School em Paris. Foi a 18ª edição da série Brazilian Corporate Communications Day, realizada em várias capitais ao redor do mundo com comitivas de comunicadores e pensadores brasileiros levando uma nova compreensão sobre o Brasil através de suas narrativas.

Schwartz adotou a didática para reequilibrar debates acalorados que podem distorcer a visão da economia brasileira. “A relação entre imagem, valor e tecnologia define a forma como organizamos a economia e, também, a nossa vida”, afirmou de início. “A economia brasileira já é uma iconomia”. Falando após a apresentação e debate sobre a pesquisa com a PMEs europeias em atuação no Brasil, a fala moderada do acadêmico retomou opiniões levantadas na pesquisa, como a estrutura de investimento e crédito dos bancos públicos. Sem, contudo, ignorar os problemas estruturais do país, como infraestrutura e educação, Schwartz abordou-os cuidadosamente para explicar que a desaceleração no crescimento econômico em curto prazo tem mais relação com esses déficits que com uma crise. Projeções de crédito, moradia e consumo foram sintetizadas como indicadores da rápida capacidade de superação do País, que rapidamente galga posições em rankings e indicadores.

 

 

A população jovem, hoje predominante, é a que mais vai se beneficiar dos investimentos públicos em infraestrutura e políticas sociais no próximo ano. Positivo, Schwartz, se entusiasma com os déficits brasileiros – como a remuneração desses jovens – como potencial para mudanças. Qual o resultado de uma população que tem onde morar, que tem infraestrutura e que é jovem? Segundo o professor, a qualificação do consumo de informação e da cidadania, criando um novo consumidor – e uma nova faixa de consumo – que chama atenção o mercado global.

Os desafios macro econômicos não são, segundo Schwartz, os grandes desafios do momento. “Nós já fizemos a estabilização (...) essa nova classe média é o desafio, eles são os portadores do soft power, eles são o público alvo da AFT, da Amazon, do Google”. A iconomia emergente do Brasil traz, ainda,  desafios sociais e urbanos, uma ascensão vertiginosa dos ativos culturais e uma nova mentalidade empreendedora. “Os desafios do Brasil trazem uma nova ideologia, quem entender essa ideologia vai crescer com essa nova classe média”, numa mudança de longo prazo.

Após sua apresentação, todos os palestrantes da segunda parte da programação foram convidados a debater com a plateia.

 

 

O projeto na França teve co-realização da ESCP Europe Business School e patrocínio master da Petrobras, além de patrocínio do Itaú, da Vale e da Bayer. A Accor foi uma apoiadora oficial junto à AFP, tendo ainda suporte institucional da Global Alliance for Public Relations & Communication Management, da revista Época Negócios, do Jornal Valor Econômico e da Chambre de Commerce du Brésil en France. 

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